segunda-feira, 3 de abril de 2017

Países precisam adotar medidas urgentes para reduzir mortes por tuberculose, diz UNAIDS



Por UNU Brasil

A tuberculose é a causa mais comum de hospitalização e morte entre pessoas HIV positivas. Em 2015, 1,1 milhão de pessoas morreram de alguma doença relacionada à AIDS — cerca de 400 mil delas morreram de tuberculose, incluindo 40 mil crianças.

A tuberculose é a causa mais comum de hospitalização e morte entre pessoas HIV positivas. Foto: EBC
Foto: EBC
A tuberculose é a causa mais comum de hospitalização e morte entre pessoas HIV positivas. Em 2015, 1,1 milhão de pessoas morreram de alguma doença relacionada à AIDS — cerca de 400 mil delas morreram de tuberculose, incluindo 40 mil crianças.

“É inaceitável que tantas pessoas vivendo com HIV morram de tuberculose e que a maioria não seja nem diagnosticada ou tratada”, disse Michel Sidibé, diretor executivo do UNAIDS. “O mundo só conseguirá alcançar suas metas cruciais para HIV e tuberculose se intensificar a colaboração entre os programas de HIV e tuberculose e acelerar a ação conjunta”, completou.

Oito países — República Democrática do Congo, Índia, Indonésia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia — representam cerca de 70% de todas as mortes por tuberculose entre pessoas vivendo com HIV.

A ampliação da ação nesses oito países colocaria o mundo no caminho certo para atingir a meta ambiciosa da Declaração Política de 2016 da ONU sobre o Fim da AIDS, de reduzir em 75% as mortes relacionadas à TB entre as pessoas que vivem com HIV até 2020.

As fraquezas nos sistemas de saúde continuam a resultar em oportunidades perdidas de diagnosticar a tuberculose entre as pessoas que vivem com HIV — cerca de 57% dos casos de TB associados ao HIV não foram tratados em 2015.

Os vínculos inadequados com os cuidados após o diagnóstico, a falha no rastreamento das pessoas e no acompanhamento, a incapacidade de atingir as populações mais vulneráveis —particularmente as populações marginalizadas, incluindo as pessoas que injetam drogas, as populações privadas de liberdade e os trabalhadores migrantes — e os resultados precários do tratamento contribuem para a falta de progresso.

Em 2014, cerca de 11% dos pacientes vivendo com HIV faleceram, em comparação com os 3% de pacientes com estado sorológico negativo para o HIV. A detecção precoce e o tratamento eficaz são essenciais para prevenir mortes associadas à TB, especialmente entre pessoas HIV positivas.

A resistência às drogas também é uma preocupação importante — em 2015, havia 480 mil novos casos de tuberculose multirresistente. A recente aprovação de dois novos medicamentos para tratar a tuberculose, a primeira em mais de 60 anos, está melhorando as perspectivas para as pessoas com TB resistente aos medicamentos.

O UNAIDS pede pela eliminação de mortes por tuberculose entre as pessoas vivendo com HIV e pelo fortalecimento de sistemas de saúde e integração de serviços para permitir uma ampliação mais rápida das áreas programáticas de HIV e TB.

Os países devem expandir os programas de prevenção e tratamento do HIV que incluam o rastreamento regular da TB, a terapia preventiva e o tratamento precoce, uma vez que são programas simples, acessíveis e eficazes, capazes de prevenir mortes por tuberculose.

Como parte desses esforços, o UNAIDS encoraja os países a intensificar suas ações em 35 países prioritários para acelerar os resultados implementando programas focados e de alto impacto para avançar o progresso rumo ao fim da epidemia de AIDS.

Fonte: ONU Brasil.

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