Favela do Mandela, Rio de Janeiro. Foto: Vladimir Platonow/ABr |
Ainda
que tenha sido registrada uma queda nas taxas de pobreza e de indigência na
região em 2012 (de 1,4 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente, em relação a
2011), moderou-se o ritmo com que estas vinham se reduzindo há uma década,
indica o relatório Panorama
Social da América Latina 2013, apresentado em Santiago do Chile.
Seis
dos 11 países com informação disponível em 2012 registraram redução em seus
níveis de pobreza em relação a 2011. No Brasil, a taxa caiu de 20,9% para
18,6%; na Venezuela, passou de 29,5 % para 23,9%; enquanto no Equador de 35,3%
para 32,2%; no Peru, de 27,8% para 25,8%; na Argentina, de 5,7% para 4,3% e na
Colômbia, de 34,2% para 32,9% dos habitantes. Na Costa Rica, em El Salvador, no
Uruguai e na República Dominicana, os valores mantiveram-se constantes em
comparação a 2011, enquanto no México a pobreza aumentou levemente, de 36,3%
para 37,1%.
Esses
resultados estão estreitamente relacionados com o desempenho macroeconômico da
região, afirma o documento. O aumento da indigência, especificamente, tem sido
causado pelo incremento do custo dos alimentos acima da inflação geral.
“Desde
2002 a pobreza na América Latina caiu 15,7% e a indigência 8%, embora as
estatísticas recentes mostrem uma desaceleração. O único número aceitável de
pessoas vivendo na pobreza é zero. Por isso, propomos aos países realizar uma
mudança estrutural em suas economias, para crescer de forma sustentada com
maior igualdade”, afirmou a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.